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De volta a território argentino - Rio Grande

Acordamos cedo com um dia bem bonito, ensolarado, apesar do frio estar mais congelante e o vento estar um pouco mais forte que na noite anterior. Aproveitamos para reposicionar o carro de modo a aproveitar o sol na placa solar e aguardamos o pronto dos nossos amigos para seguir viagem.

Enquanto esperávamos o momento de sair uma F-250 parou ao nosso lado para conversar com o @Asabranca_pelomundo. Nesse bate papo, que acabamos participando, descobrimos que o senhor ali era o dono do hotel (Hosteria Tunkelen), Sr. Ramiro Mansilla. Pessoa muuuuuuito simpática, amante de viagens e possuidor também de uma Camper. Deu-nos várias dicas e fez inclusive um contato com amigos em Rio Grande, nosso próximo destino, buscando informações por um bom local para pernoite naquela localidade. Uma pena ele não estar lá na noite anterior. O sofrimento para se conseguir um banho quente não teria ocorrido seguramente.

Uma coisa que ele nos disse que valia a pena conhecer era, na saída de Cerro Sombrero, buscar uma pinguinera de Pinguins Rei. E foi exatamente o que fizemos, partimos em busca dessa pinguinera. A preocupação ficou por conta de combustível. Fizemos as contas e vimos que daria para chegar em Rio Grande somente se usássemos os tanques extras.

Demos um grande azar nesse dia, quando chegamos na pinguinera ela estava fechada. Eles fecham nas segundas-feiras. Descobrimos também a necessidade de se fazer reserva antecipada via internet. Enfim, ficará para uma próxima oportunidade. Para aqueles que quiserem conhecer, a pinguinera funciona durante toda semana, exceto segunda-feiras, e fica na carretara Y-85, na Bahia Inútil. Parece brincadeira mas esse é o nome da Bahia mesmo. Fácil de ver no google maps., o que é uma boa referência. O site deles é: www.pinguinorey.com. Para quem sai direto de Rio Gallegos para cá, o tempo de viagem é em torno de 3h de carro. Tem que se levar em conta o tempo de ferry também lá na Punta Delgada. O ferry leva algo em torno de 30min de travessia. Tudo depende do vento. Dali, segue pela 257 até chegar no cruzamento em direção a Onaissim. No cruzamento seguir direção Cameron tomando a Ruta Y-85. São uns 14km até o parque. Você verá placa nessa Y-85. Outro detalhe importante é fazer reserva para visitar a pinguinera. Pode ser feito pelo site. Eles têm facebook e Instagram também.

Bom, mas antes de seguir destino Rio Grande, aproveitamos para abastecer meu carro. Primeiro abastecimento usando os tanques. Na verdade usei somente um deles.

Em direção a Rio Grande fizemos mais uma vez a passagem pela fronteira Chile/Argentina, em San Sebastian. Lugar meio zoneado, não há nada claro em relação a onde se deve estacionar o carro, nem sinalização clara de onde se inicia os procedimentos de entrada/saída. Apesar disso pessoal que trabalha ali é bem gente boa. A revista no carro foi a mais minuciosa até então. Colocaram até um cão farejador dentro do nosso carro. Quando se chega ali, nesse Paso Froterizo, acaba o asfalto, volta o rípio. Um bom rípio diga-se de passagem, com estrada bem larga. Também não é um trecho tão longo, é algo entre 10 a 20Km se não me engano. E estão trabalhando para fazer o asfaltamento nesse pedaço de estrada, então acredito que logo estará tudo asfaltado. O lance que vale ressaltar aqui é que a estrada do lado chileno é sempre um tapete. Outro detalhe importante é que o YPF que está localizado ali em San Sebastian é bem fraquinho e sem opções de comida. O diesel ali só o comum. Eu estava tranquilo de combustível, mas o @asabranca_pelomundo nem tanto. Nós acabamos resolvendo o problema deles abastecendo com o galão que ainda tinha cheio na carreta.

Chegando em Rio Grande fomos dar uma olhada nos dois locais onde nos disseram ser tranquilos o pernoite. Dois postos YPF. Um na saída da cidade em direção a Ushuaia e outro no centro, na avenida costeira. Decidimos por ficar próximo ao centro da cidade. Seria mais jogo para podermos fazer compras de mercado e lavar nossa roupa que já estava acumulando fazia um tempinho. O ruim desse posto no centro é o espaço para estacionar. Não tem muitas opções. Resolvemos partir logo para o Carrefour fazer comprar e voltar para o posto depois, na esperança de ter mais vagas disponíveis. Bom mercado de Rio Grande. E com preços bons também. Cereja com ótimo preço, sem falar nos vinhos. De volta ao posto, apanhei um pouco mas consegui deixar a carreta numa boa posição. Tomar banho para mim foi muito tranquilo, banheiro super limpo e água quente, um espetáculo. Fernanda já teve problemas. A água do chuveiro feminino não esquentava nem por reza braba. Conseguimos depois que ela usasse o chuveiro masculino. Fernanda dá uma "sorte" tremenda nesse quesito, sempre há um problema nos banheiros femininos.

Jantamos com o @Asabranca-pelomundo numa noite de frio horroroso. Apesar disso, dormimos bem tranquilo nessa noite. Os sacos de dormir que compramos têm sido fundamentais (são dois Deuter Orbit -5ºC).

Dia seguinte tomamos café no posto. Estava simplesmente impossível fazer qualquer coisa em área descoberta em Rio Grande. O vento doía, sem falar do frio. Depois do café partimos em busca da lavanderia. Local era bem próximo do posto. Foi a lavanderia mais engrenada que vimos até aqui. Local imenso, várias máquinas e atendimento nota dez. Preço bom também. Deixamos nossa roupa ali e aproveitamos para rodar um pouco pela cidade. Rio Grande é uma cidade industrial, de tamanho razoável para o que vimos de Argentina até agora, algo em torno de 55 mil habitantes. É a capital da pescaria da Terra do Fogo. Cidade com muitas estâncias para quem se dedica a esse tipo de turismo. Agora algo que mais nos impressionou caminhando pela cidade foi a atenção que eles tem com a área urbana. Tudo muito limpo, canteiros centrais e laterais todos floridos e bem cuidados, enfim, apesar de não ser uma cidade muito bonita turisticamente falando, o cuidado dispensado ao casco urbano agrada demais quem ali visita. E é importante dizer que eles mantêm a cidade cuidada mesmo com o vento absurdo que rola por ali. Muito bacana isso.

Outro detalhe que chama a atenção para quem visita Rio Grande é a quantidade de belas homenagens aos que lutaram no conflito de 1982. O monumento aos mortos é muito tocante (Monumento a los caídos en Malvinas).

Nossa segunda noite foi bem tranquila. Logicamente que fria, mas estávamos bem preparados para isso. Dia seguinte acordamos cedo para tomar cafe e nos organizarmos para a ida para Ushuaia. Como era um trecho curto, somente 210 km, não nos preocupamos em sair tão cedo, fizemos tudo com bastante calma.

Volto a reforçar a observação que fiz no post anterior, quanto as fotos que postamos aqui. Há várias outras fotografias em nossas duas outras mídias. No Instagram no endereço: Instagram.com/pelonossocaminho, e no flickr no seguinte endereço: https://www.flickr.com/photos/pelonossocaminho/

Fernanda Azzolini e Marco Antonio Parreiras em viagem pela Europa e agora preparando uma grande aventura pelas três américas!

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