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Terminando temporada Brasil

Como estávamos bem próximos da praia tiramos uns dias para conhecer a região da praia do cassino. É algo totalmente diferente do que estávamos acostumado a situação de entrar com carro na "praia". A extensão de areia é bem grande e o normal aqui é ingressar com o veículo na areia e fazer o seu Point na praia. E o mais surreal disso tudo é que são duzentos quilômetros de praia. Surreal. Indo para o sul há um ponto turístico que é o navio naufragado. Na internet há varias fotos. Nós fomos até lá. Os restos já estão bem consumidos pelo mar. Boa parte do que se vê nas fotos de internet já não existe mais. Da entrada da praia do cassino até esse ponto são 16km de areia. No caminho até lá é possível se avistar uma grande quantidade de aves típicas do litoral. Infelizmente avistamos coisa tristes, como uma carcaça de baleia, que Fernanda pediu para parar para fotografar, ATENÇÃO -NÃO FAÇAM ISSO! Eu fui fazer essa besteira e quando abri a janela para fazermos as fotos eu não sabia se arrancava com o carro ou vomitava com o forte cheiro de podre que entrou pela janela. Horrível. Bom, passado esse sufoco vimos também uma tartaruga imensa morta na areia e mais adiante uma foca. Parei para fotografar, mas quando ia tirar a foto a bicha abriu o olho. Estava viva. Bom que o pessoal parou e sinalizou onde ela estava. O perigo ali é de atropelamento. Incrível, triste, mas é a verdade. Além disso tudo o que podemos ressaltar como a pior coisa que vimos nesses dias de passeio pelo litoral foi a situação que estava o mar. Eu nunca havia visto um mar tão marrom, escuro. Pura lama. pela orla era possível ver uma quantidade absurda de siris morrendo na praia. Não duvido nada a foca que vimos ali na praia pudesse estar com dificuldade de retornar por conta desse lamaçal todo. Quando paramos para fotografar uma garça, era possível reparar o quanto de lama ela pisava. Seus movimentos eram até mais lento. Enfim, tudo isso nós descobrimos depois, conversando com o Gabriel, que é fruto de uma dragagem que se está fazendo no mar para possibilitar a entrada de navios de maior calado. O que não se compreende é como uma operação dessa não avalia as possibilidades de impacto ambiental como vimos, levando-se em conta fatores básicos como maré, vento, instabilidades climáticas e etc. Eu não entendo nada disso, mas sei que um serviço desse tem que passar pelo crivo de órgãos públicos que autorizam além dos órgãos fiscalizadores. Nós filmamos o mar nessa situação. Foram quilômetros e quilômetros vendo a mesma paisagem de mar escuro e animais mortos na orla (siris e peixes). Lamentável.

Vida de camping tem nos dado uma oportunidade incrível de conhecer pessoa muito legais. A cada lugar nós vamos conhecendo gente e fazendo amizades incríveis. No Rio Grande nós tivemos a oportunidade de conhecer o pessoal do Asabranca-pelomundo. Vitório e Niviane pessoas incríveis que também estarão fazendo esse caminho para Ushuaia e que com certeza estaremos dividindo experiências pelo caminho. Em Rio grande foram dias de muito papo e diversão, regados a vinho e cava. Nos encontramos novamente no Chuí onde ficamos no mesmo camping também, o bonito Camping Del Lago. Pena que os banheiros de lá deixam a desejar. O lugar é muito bacana.

Também em Rio Grande conhecemos a Tati e o Maik da kombi Destemida. Gaúchos de São Pedrito, estavam em temporada na praia do Cassino com sua kombi chopp. Teve uma das noites que acabamos extrapolando no horário ali conversando e bebendo o chopp com eles. Foi muito legal.

Além disso a gente acaba também conhecendo melhor as pessoas que cuidam do camping, até porque nós temos ficado muito mais tempo do que era previsto nos locais. Ali em Rio Grande Gabriel dá show no apoio aos campistas. Pessoa nota dez. Pena que esquecemos de tirar uma foto com ele.

Ainda sobre camping, ao longo desse período que estamos na estrada temos aprendido certas coisas (horários) que fazem parte da rotina diária. Por exemplo: não vá querer tomar banho ou arrumar coisas ao ar livre no cair da noite. Os mosquitos estão lá só esperando os otários fazerem isso pra poderem jantar seu sangue. Um ou outro camping nós conseguimos ficar à noite tranquilo sem incômodo de mosquito, mas na maioria das vezes era cair a noite e eles atacarem. Em Rio Grande além deles tinha o bendito besouro que eles chamam lá de cascudo. Besouro chato que só! E eles não tem qualquer tipo de controle do voo, nem parece que fizeram uma auto escola pra aprender voar porque do jeito que vem eles grudam em você. No banheiro tinha uma fresta na porta que era tomando banho à noite e eles voando em direção da luz e da sua cabeça. 6O coisa chata!

Com Vitório e Niviane do Asabranca-Pelomundo

Maik e sua Kombi e abaixo nós iniciando os trabalhos (Fernanda já de copo vazio, rsrs).

Depois que deixamos a cidade de Rio Grande nossa grande expectativa era conhecer um pouco a reserva do Taim, mas acabou sendo meio frustrante. Queríamos parar a todo instante para fotografar, mas a pista em mão dupla tem um acostamento bem ruim e estreito, o que dificultava nossa parada e ofereceria risco ao trânsito. Não há refugos e muito menos uma sinalização que nos indique o local para podermos conhecer o museu e ter acesso aos locais onde se pode conhecer a reserva. Lamentável. Valeu pelo o que vimos, mas terá de ficar para uma próxima oportunidade uma visita decente para fazermos fotografias na estação ecológica.

A quantidade de pássaros era enorme. Fomos sobrevoados por gansos, gaviões, marrecos, e um sem número de aves. no banhado a quantidade de capivaras é um absurdo. Mas é aquilo, ficará para a próxima.

Fernanda Azzolini e Marco Antonio Parreiras em viagem pela Europa e agora preparando uma grande aventura pelas três américas!

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